Natal teve 2.498 casos prováveis de dengue entre janeiro e março. Aumento foi de 239% em relação ao ano passado - Foto: Magnus Nascimento |
Com a chegada do período sazonal da gripe e das arboviroses, por volta de março a junho, as unidades de saúde em Natal têm registrado uma alta estimada de até 40% neste período em comparação com os meses fora deste intervalo. Durante essa época, de acordo com gestores e profissionais da saúde ouvidos pela TN, é comum que as unidades de saúde fiquem cheias de pacientes com sintomas gripais. Atualmente, a suspeita de dengue é a principal queixa de quem procura atendimento na capital potiguar. De janeiro a 20 de março, a capital registrou 2.498 casos prováveis de dengue, um aumento de 239,4% em comparação com o primeiro trimestre do ano passado, segundo o Ministério da Saúde.
De maneira geral, as pessoas buscam as unidades com dores de cabeça e no corpo, febre e diarreia. A diretora da Unidade Básica de Saúde (UBS) Pedra do Sino, Juliane Silva, diz que a busca tem crescido significativamente. “A gente estima que seja por volta de 40% o aumento da procura. O pessoal procura bastante aqui, embora a busca seja muito maior na UPA Potengi porque às vezes a pessoa acha que não tratamos aqui, mas fazemos todo o acolhimento sim. Muitas pessoas estão nos procurando com dores, diarreia, febre”, afirma.
A gestora acrescenta que o cenário reforça a necessidade de prevenção, tanto para a dengue quanto para síndromes respiratórias. “Isso demonstra que temos de nos cuidar, seja gripe, dengue ou covid. Para todas temos vacina. No caso da dengue, nós até fazemos um apelo para que as pessoas venham vacinar seus filhos, que, por enquanto, é a faixa etária para a qual a vacina foi aprovada. Esse é um período crítico mesmo e estamos trabalhando para que todo mundo seja atendido adequadamente”, comenta.
Na Unidade de Pronto Atendimento (UPA) Potengi, no bairro de mesmo nome, a procura é intensa desde a porta de entrada. “Está cheio aqui todos os dias”, afirma um dos funcionários. A administradora da UPA, Maria da Cruz, diz que o desafio é organizar as escalas para que todos recebam atendimento. “Está bastante cheio, todos os dias. Nesse período de gripe e dengue é assim. Ficamos aqui o dia todo para garantir atendimento a todos. Pedimos que as pessoas reforcem os cuidados para evitar adoecer”, comenta.
Em todo o Estado, os números da dengue também são alarmantes. O aumento registrado neste ano, no comparativo com o primeiro trimestre de 2023, foi de 257,9%: subiu de 2.208 para 7.903 casos prováveis da doença. A crise sanitária é nacional. Na última segunda-feira (18), o Brasil bateu recorde histórico de casos de dengue ao ultrapassar 1,8 milhão de casos da doença neste ano. Os dados são do Painel de Monitoramento das Arboviroses, do MS.
Tribuna do Norte
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