Além da estiagem, os pecuaristas do município de São Paulo do Potengi, convivem, há cerca de 20 dias, com outro problema. Cerca de 150 animais morreram após ingerirem certa quantidade de capim ao redor da barragem Campo Grande. Técnicos do Instituto de Defesa e Inspeção Agropecuária do Estado do Rio Grande do Norte (Idiarn) recolheram amostras do pasto, solo e água do local e aguardam o resultado de uma análise toxicológica.
Segundo o secretário adjunto de Agricultura, Pecuária e Pesca de São Paulo do Potengi, Johan Adonis, as primeiras mortes foram registradas no início do ano. Pecuaristas perceberam que, logo após o gado consumir o capim, os animais apresentavam tremores e, pouco tempo depois, morriam. "O problema afetou muitos pecuaristas. O Idiarn já veio aqui e estamos esperando a resposta para saber o que aconteceu", disse. A barragem tem capacidade para 34 mil metros cúbicos, mas está com menos de um terço desse volume.
O veterinário do Idiarn, Alcimário Gameleira, explicou que, mesmo sem o resultado da análise toxicológica, é possível afirmar que a causa da morte dos animais foi a contaminação através da ingestão do capim. "Pelo relato que ouvimos, é possível afirmar isso. Não sabemos ainda que tipo de bactéria foi a responsável pelas mortes. As amostras foram enviadas para um laboratório em Recife/PE e o resultado deve sair após o carnaval", afirmou.
Gameleira explicou que, após a ingestão do pasto, os animais apresentavam tremores musculares e, duas horas depois, caíam e salivavam bastante. "Os sintomas são de intoxicação", explicou. Alguns pecuaristas conseguiram salvar alguns animais dando-lhes remédios que combatem a intoxicação.
Fonte: Tribuna do Norte
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