terça-feira, 20 de março de 2012

Medicamentos vão ficar até 5,85% mais caros

Os potiguares vão ter que desembolsar um pouco mais na hora de comprar remédios. O preço vai subir até 5,85% a partir de 31 de março. Ao todo, 22.622 medicamentos serão reajustados, para mais ou para menos. O reajuste, autorizado pela Câmara de Regulação do Mercado de Medicamentos (CMED), órgão formado por vários Ministérios e vinculado ao governo federal, e publicado ontem no Diário Oficial da União, vale para todo o país. O aumento, entretanto, não será o mesmo para todos os terapêuticos, divididos em três categorias. O reajuste para a categoria com maior participação de genéricos (20% ou mais do faturamento), por exemplo, será de 5,85%. Para a categoria com participação entre 15 e 20% será de 2,8%. Já para categoria com menor participação dos genéricos o reajuste será de -0,25%. Ao invés de subir, o preço vai cair. Mais da metade dos medicamentos (55,2%), de acordo com tabela do Ministério da Saúde, subirão 5,85%. Eles estão enquadrados no nível 1, o que prevê maior reajuste.

As empresas que quiserem reajustar o preço devem apresentar um relatório de comercialização à Cmed. Quem ultrapassar o teto autorizado pode ser multado. O reajuste médio, considerando as três faixas, é de 2,81%, o menor desde 2008.

Em nota, o Sindicato da Indústria de Produtos Farmacêuticos de São Paulo afirmou que o reajuste negativo de 0,25% para alguns medicamentos preocupa, devido a pressões de custo como frete, eletricidade, embalagens e insumos. A reportagem tentou contato com o Sindicato das Farmácias do RN para saber o impacto do novo reajuste no estado, mas não obteve êxito. Previsto em lei (10.742/2003), o reajuste vai durar um ano. O próximo só pode ocorrer em março de 2013. O índice de 5,85% considerou a variação do Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), do IBGE, nos últimos doze meses.

Quem vai a farmácia com frequência não gostou da novidade. A professora Silvana Oliveira, 50 anos, que compra medicamento todos os meses para controlar a pressão e as 'taxas', reclamou do novo reajuste. "É um absurdo", protestou. Antes de levar algum medicamento para casa, Silvana passa em duas, três farmácias diferentes. Mas a estratégia não tem surtido muito efeito. "Está caro em todo lugar", diz. Até quem compra esporadicamente, como a técnica em enfermagem Ana Cristina Bezerra, 48, reclamou. "Qualquer reajuste, por menor que seja, faz diferença"

Fonte:Tribuna do Norte.


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