As regras do programa Minha Casa Minha Vida vão mudar para privilegiar as mulheres. O anúncio foi feito ontem pela presidenta Dilma Rousseff fez, em pronunciamento em cadeia nacional de rádio e TV, por ocasião do Dia Internacional da Mulher. "Sinto alegria de chefiar um governo que tem o maior conjunto de programas de apoio à mulher na nossa história. Mas sei que governo e sociedade precisam fazer muito mais para a valorização plena da mulher", disse. Na fala, a presidenta pregou um exercício de igualdade, alertando que "a luta pela valorização da mulher é, portanto, um dever de todos: brasileiras e brasileiros de todas as classes, de todos os credos, de todas as raças e de todas as regiões do País".
Dilma, no entanto, admitiu que sua chegada ao comando do País representou um novo momento de valorização da mulher no Brasil. "Minha chegada à Presidência significou um momento único de afirmação da mulher na sociedade brasileira", destacou. Mas ela também alertou: "Não podemos aceitar o falso triunfalismo, mas também não devemos nos render ao amargor derrotista".
Garantindo que não poderá jamais ter uma atitude ressentida contra os homens, Dilma afirmou também que "uma presidenta não pode ter uma política tímida, ultrapassada e meramente compensatória para as mulheres". Ela lembrou que o Brasil tem 97 milhões de mulheres, ou seja, 51% da população; e que 40% das famílias são chefiadas atualmente por mulheres (contra menos de 25%, dez anos atrás), mas na sequência lembrou que as mulheres ocupam apenas 45% das vagas de trabalho. "E continuamos recebendo menos que os homens pelo mesmo trabalho realizado. Isso tem que melhorar", defendeu.
"Em certas circunstâncias, a mulher continua sendo a mais pobre dos pobres, a mais sofredora entre os sofredores", afirmou a presidenta da República, mas alertando que a mulher, mesmo sob uma dura condição de pobreza, é "a principal mola de propulsão para vencer a miséria", porque é o centro da família. Depois dessa análise, Dilma justificou o motivo de o seu governo dar importância especial à mulher nos programas sociais.
Lembrou que 93% dos cartões do Bolsa Família estão em nome de mulheres e que 47% dos contratos da primeira etapa do programa "Minha Casa, Minha Vida" foram assinados por mulheres. "Esse porcentual será ainda maior no Minha Casa, Minha Vida 2", ressaltou, lembrando que a escritura dos apartamentos populares será feita em nome da mulher.
Fonte: Tribuna do Norte
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