terça-feira, 24 de janeiro de 2012

A história de um filho de São Paulo do Potengi que sobrevive as margens da BR-401 em Guamaré-RN

Seu João sobrevive em uma Barraca as margens da BR-401
Para quem está entrando ou saindo de Guamaré, precisamente na entrada do distrito de Salina da Cruz, se depara com uma cena inusitada, quem ainda não conhece os fatos pensa logo, é um simples homem fazendo vigas e nervuras as margens da BR, embora saibam que há muitos por este Brasil a fora, se enganou quem pensou ou pensa assim, seu João é mais um morador de Guamaré que precisa de ajuda.

A História de João Maria dos Santos, mas conhecido seu João, chama a atenção da impressa escrita, sendo motivo de inúmeras indagações, “porque seu João resolveu fazer seu trabalho as margens da BR-401?”.

Antes de procurá-lo para fazer uma entrevista, o blog Guamaré em Dias procurou primeiro ouvir amigos e vizinhos sobre tal fato, a história é simples, mas digna de postagem.

Segundo seu João o prédio que possivelmente iria funcionar um posto de combustível de frente a Pousada Marinas vivia abandonado, sem muro, tomado pelo o mato, pelo o lixo, o local servia de ponto de drogas, prostituição, os animais já tomavam conta de todo o terreno, ou seja, vivia abandonado.

Filho da cidade de São Paulo do Potengi, seu João é separado, sem família e sem perspectiva de vida, mas com desejo imenso de trabalhar, recomeçar a vida e sobreviver neste mundo de meu Deus, seu João como ele gosta de ser chamado encontrou abrigo neste prédio abandonado e ali começo sua nova vida.

Lá se instalou, mas sabendo que não era dele, sozinho arrancou todo mato, limpou o terreno e o prédio, fez acerca e passou a morar, “já não era mais um local de delinquentes” lá iniciava uma nova vida, foi no local que ele começou a fazer vigas e nervuras para vender, nunca apareceu ninguém para indaga-lo, claro... Estava tudo limpo e organizado, depois de um ano o proprietário do prédio Zé Maria do Posto e Anchieta apareceu e pediu para ele sair, seu João disse que não tinha para onde ir, contou sua história mas não houve no primeiro momento um acordo. Zé Maria mandou murar toda a extensão do terreno e colocou o nome de propriedade particular.

Como o proprietário tinha documentação de posse, provando de fato que era propriedade particular, entrou na justiça e conseguiu tirar seu João do local que ele cuidou por mais de um ano. O prédio pertencente a Zé Maria do posto J.M EMPREENDIMENTOS, um dos empresários mais bem sucedidos da região.

Hoje seu João vive as margens da BR-401, lá ele mora e trabalha, as condições são mínimas de sobrevivência, e sem perspectiva de vida ele não sabe o que fazer da vida. Como ele dorme no local de madeira e papelão, as paredes ele cobre com as próprias nervuras, sua vida corre grande risco, porque o local fica as margens da BR onde diariamente há um grande fluxo de veículos, principalmente de carretas.

Segundo as informações, a Secretaria de Meio Ambiente de Guamaré já foi três vezes tirá-lo do local, mas não ofereceu um lugar mais seguro e digno para ele sobreviver, até enquanto ele recomeça a vida, pois com as vendas das vigas ele está juntando um dinheiro para construir ou comprar um barraco pequeno.

Vale Ressaltar que seu João não está pedindo esmolas, ele é um trabalhador, apesar de ter uma idade avançada ficando difícil arrumar um emprego, ele nunca pediu nada a ninguém, ele só quer viver e um só um local para fazer suas vigas e nervuras.

Quem não conhece seu João em Guamaré? Muita gente, a mais de 30 anos que ele vive por lá, chegou ainda na época do ex-prefeito França, e em vez da Secretaria de Meio Ambiente de Guamaré tirá-lo como ele mesmo disse, seria viável encontrar uma solução. Até porque esta secretaria precisa apresentar números ou ações ao povo Guamareense e encontrar soluções para problemas como estes, estipular prazo com tom de ameaçada conforme consta no documento que seu João mostrou não vejo como mecanismo. “Como diz sempre o magistrado Mauro Gusmão, o caminho de resolver qualquer problema é o dialogo”.

História postada no no Blog Guamaré em Dias

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