quinta-feira, 7 de abril de 2016

Vereador Getúlio falou publicamente sobre sua saída do PMDB

Vereador Getúlio na Tribuna Livre na Sessão da Câmara nesta manhã de quinta-feira, 07.
O vereador Getúlio, ex-PMDB e agora no PTB, falou publicamente pela primeira vez em relação a sua saída do PMDB. O vereador fez um discurso de pouco mais de 7 minutos no momento da Tribuna Livre na Sessão da Câmara na manhã desta quinta-feira, 07. Ele pediu que tudo que falasse ali fosse constado na ata da Sessão.

Getúlio iniciou usando uma metáfora. "Eu saí do PMDB como se ele fosse meu pai e eu fosse pra casa do meu avô. Logo voltarei para casa do meu pai.", disse o vereador.

O vereador disse que decidiu sair por um tempo do PMDB por algumas questões locais, e não por uma questão estadual, e disse também que por diversas vezes procurou resolver os "problemas" do partido em conversas com o ex-prefeito Azevedo - presidente municipal do partido, mas não obteve sucesso. "Por tantas vezes eu conversava e perguntava o que se fazia para evitar tantas fofocas dentro do partido. Eu procurei o partido, procurei respostas do presidente por várias e várias e várias vezes, e ele dizia, 'Rapaz, eu não posso fazer nada.', então eu dizia, 'Mas tá acontecendo isso, seu presidente, eu como militante do PMDB há 46 anos, não aceito isso que tá acontecendo, quero ver o PMDB crescendo.'", disse Getúlio.

Getúlio também falou sobre o dia em que foi entregar sua desfiliação a Azevedo. "A última vez que conversei com Azevedo foi no dia 17 de março. Procurei o nosso ex-prefeito, presidente do partido, e comuniquei a ele a minha desfiliação partidária. A resposta que ele me deu, ele com a minha desfiliação em cima do birô, foi a seguinte, 'Eu tava aqui pensando, Getúlio, eu também vou sair do partido. Vou entregar.'". Isso teria reforçado a insegurança do agora petebista continuar no PMDB, onde o presidente poderia entregar a qualquer momento e o vice-presidente era uma pessoa que não se dava bem com ele.

Sobre o encontro com o ex-ministro e atual presidente estadual do PMDB, Henrique Alves, em Riachuelo, o vereador falou o seguinte: "Fui a Cachoeira do Sapo, conversei com o ministro comunicando a minha saída, e ele disse: 'Era pra você ter me comunicado', e eu disse 'Não tinha mais tempo ministro, você sabe que a situação em São Paulo do Potengi é uma e no estado é outra.'"

Sobre sua ida para a sigla petebista o vereador disse "Se hoje estou no PTB é com o aval de dois peemedebistas, de Walter Alves e Garibaldi Alves Filho. Esses dois me deram sustentação para que eu me filiasse."

Subentendidamente, sobre a chegada do professor Jeffinho no PMDB, o vereador falou o seguinte: "Tem momento que a gente tem que tomar uma posição, tem momento que a gente não pode aceitar que pessoas que não tem nada a ver com o partido, se filie no partido hoje e... o PMDB tem Neilson, tem Erinho, tem Zé Luiz, tem outros, aí dizem que o PMDB não tem candidato... aí quando aparece um 'paraquedista' que passou por todos os partidos, aí dizem que o PMDB já tem candidato. Que PMDB é esse?..."

O vereador disse que consultou os seus eleitores antes de trocar de partido. "Quando eu tomei uma posição para me filiar ao PTB, primeiro eu consultei o povo que sempre me elegeu, eu sei quais são os bacuraus que sempre me elegeram e eles dizem, "É, Getúlio, infelizmente você tem que tomar essa decisão porque eu estou vendo que você tá sendo mal visto por determinadas pessoas dentro do partido."

Getúlio finalizou sua fala do mesmo modo que começou, dizendo: "Então eu sou aquele filho que foi pra casa do avô, e logo logo eu estou voltando para casa do meu pai que é o PMDB, isso é questão de tempo."

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