terça-feira, 31 de março de 2015

Disputas internas do PMDB dificultam nomeação de Henrique

As disputas internas travadas hoje dentro do PMDB estão dificultando a nomeação de Henrique para o Ministério do Turismo. O presidente do Senado Renan Calheiros tem mandado recados de que gostaria de uma compensação pela eventual destituição de Vinícius Lages, seu afilhado político, do comando do Ministério do Turismo. Renan já perdeu a presidência da Transpetro com a saída de Sérgio Machado.

Próximo de Henrique Alves, o presidente da Câmara, Eduardo Cunha, também tem dado sinais trocados. Em público afirma que cabe ao vice-presidente da República, Michel Temer, negociar os cargos do PMDB. Já em conversas reservadas, Cunha acusa o Palácio do Planalto de “não ter palavra”, segundo pessoas próximas. Isso porque, no final do ano passado, Dilma teria feito acordo para nomear Henrique Alves, caso ele ficasse de fora das investigações do esquema de corrupção na Petrobras.

Eleito presidente da Câmara com um discurso de independência em relação ao governo, Cunha teria dificuldade de assumir a paternidade da indicação de Henrique Alves porque não quer se tornar devedor da presidente Dilma. E, na avaliação de deputados do PMDB, ele ficaria desmoralizado na Casa se diminuísse a pressão em cima do Planalto depois da eventual nomeação de Henrique Alves. “O Henrique virou um peso morto, a não ser que o Eduardo Cunha coloque a cara”, disse um integrante da cúpula do PMDB ao jornal o Globo desta sexta-feira.

A expectativa da cúpula do PMDB, de acordo com o jornal, era que Dilma batesse o martelo quanto ao destino de Henrique Alves no final da tarde de segunda-feira, em reunião da coordenação política do governo. O encontro, no entanto, foi adiado para esta terça. Pessoas próximas a Henrique Alves disseram que, dando como certa sua nomeação, o ex-deputado estava procurando um imóvel para morar em Brasília.
Jornal de Hoje

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